Perdão...

Nesta tua agonia

De serviços prestados

A tantos viciados que de ti tripudiam

Que te usam e abusam sempre à revelia

Moldando-te às mais egoístas serventias

Possuindo-te e compartilhando-te com toda a freguesia

Muitas vezes e sem o carinho com que poderia

A qualquer hora da noite ou do dia

Só raramente a ti mereceria

Como esse que te fala

Mesmo assim,

Você perdoaria,

Querida poesia?