Máquina

Como uma máquina enfurecida

Traz!Traz!Traz!

Sempre a trabalhar

De noite e dia

Traz!Traz!Traz!

Ela não pode parar

Faz tudo

Salta, corta e cose

Sobe, desce e volta para trás

Traz!Traz!Traz!

Não pára para descansar

A um ritmo louco sem recaídas

Traz!Traz!Traz!

Não pode nem deve parar

Roldanas partem, parafusos soltam-se

Traz!Traz!Traz!

Continua a andar

Na alegria e na tristeza

Traz!Traz!Traz!

Antes partir que quebrar

Guerras passam, muros caiem

E ela continua lá

Traz!Traz!

De dentes cerrados, não há dor

A chuva cai e o frio passa

Traz!Traz!

Não há ferrugem que lhe pegue

Os tempos passam

Novas tecnologias aparecem

Traz!

Mesmo assim não quer parar

Continua sem medo

Traz!

Pum! São assim as coisas

Trabalhar até um dia rebentar

Rigo
Enviado por Rigo em 07/02/2006
Reeditado em 07/02/2006
Código do texto: T109191