INSTINTOS DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves
Coração na boca
Querendo me beijar de amor
E meus lábios junto aos teus
Molhados de palavras sensuais
Cheias de desejos
E nossas línguas
Querendo dançar no salão da alma...
Entrelaçadas de volúpia
Acariciam-se sobre tortura
De um prazer superiormente interessante
Em fogo as chamas da paixão
Queimam na pele
A face rubra
O olhar nu
Entregam-se ao corpo já despedido
Vestido apenas de amor...
O corpo bebido devagar
Ao sabor do som lascivo da carne...
Escorrendo de paixão
O beijo penetra sentimentos
Esquecidos de que amar
É um prazer indescritível
Que rompe todos os conceitos e preconceitos
Sobre o leito em que o corpo e alma fazem amor...
Minhas reticências
Deixam um caminho
Seguido de entrelinhas
Minhas paredes sussurram gemidos
Gritos percorrem meu labirinto
De mulher amante
Pronta a fazer do seu homem
O escravo torturado sobre o tálamo...
Olhos vendados
Desvendados pelo amor
Que provocam instintos selvagens
Na fêmea domando seu macho
Preso nos laços da sedução
Sedenta dança
Sobre o corpo já em êxtase
Gritando não dá mais pra segurar
O amor que explode do vulcão em erupção
Derramando suas lavas
Quentes dentro da gruta molhada
Numa mistura de gozo
Deleite ao som do coração
Que apenas ouve a música do amor
Em batidas aceleradas de um ritmo quente
De horas de luxurias envolventes
Ardentes ainda na pele
De dois corpos adormecidos
Depois de saciados instintos de amor!...
Em 15 de julho de 2008