Ciúmes

Arrepia-me a espinha,

toca meu coração,

o faz desabrochar como uma flor,

abrir-se como uma flor,

em dor.

Dor que cresce, sobe à cabeça

Lava meu corpo de vermelho, sangue.

Meu corpo é rubro, agora,

minha alma arde.

A garganta dá um nó, a voz sai fraca.

A face enrubesce, mais arrepios.

Me sinto nervosa, me sinto agitada,

ao mesmo tempo que me sinto cair.

Caindo dentro de mim, de inseguranças,

de indecisões, de decisões, de mudanças.

Caio dentro de uma escuridão familiar,

ouço vozes de todos os tipos e tons.

As coisas agora são tempestuosas,

bagunçadas, são turbulentas.

Às vezes a tempestade cai, às vezes não.

Às vezes ela não precisa cair, ela só passa...

Às vezes sozinha, às vezes com a ajuda de outrem,

com seu amor.

Meu amor,

ciúmes é uma flor abrindo-se em dor,

no coração que lhe fala...

Eu te amo.