Ainda sinto

Seu olhar queimando meu corpo

Me desnudando

Ao cair do crepúsculo

Tuas mãos que passeavam sobre a minha pele

Sob os crisântemos

Sobre a relva

Seu sorriso de vida

Me implorando prazer

E a música profana do pecado

Numa entrega total

Teus lábios doces como mel

Mortal como veneno

No entanto , mil vezes mais provocante

Ainda ouço sua voz

Uma melodia inesquecível de desejo

Um grito de prazer

Solto a esmo , acordando a noite

Como quem rompe a barreira do medo

E alcança o ápice da vida

Ainda vejo , teu sorriso satisfeito

Pela luxúria do meu corpo

Descansando em meu seio

Tua face saciada

Ainda sinto você...

E isso é morrer