Águas do esquecimento
É noite
Vago na escuridão,
Tateio em vão a procura de ti
Não estás aqui meu amor
Nunca estarás novamente
Predendo-o
Perdi-me!
Fiz do meu corpo
O caminho da perdição
A morada da besta da luxúria
E tudo em mim fala de pecado
Até meu sorriso
Soa cin ismo e sarcasmo
Não posso voltar atrás
Todos precisam pagar
Devo fazê-los pagar
Minha carne é profana
Minha alma impura
Ficaste preso nesta saudade
Que machuca minhas recordações
De corpo inocente que rolou em teu leito
Levo a aparencia
Nada restou que me fala de ti
Teu nome
Qual uma estaca cravada em meu peito gelado
Me assola
Não quero viver!
Fui consumida pela loucura da dor
Onde está você?
Já morreu em minha vida
Imploro que morras em meus pensamentos
E que as pedras da lembranças
Doces viajantes do tempo
Não se choquem contra mim
Com ímpeto tão destrutivo
Que esse desejo por teu calor
Seja aplacado
E todo esse fogo seja extinto
pelas águas do esquecimento!