Resposta às Questões Íntimas Não Pronunciadas

Onde estarei esta noite?

Adentrando cada vez mais em minha loucura

Procurando abster-me duma lerdeza crônica

Procurando acordar dum pesadelo – ou duma cura

Onde estarei neste dia?

Me esquivando duma parcialidade a mim inerente

Que me enterra a cada segundo de minha fuga

Pois eu sei que a minha emocionalidade está doente

Por onde eu me perdi – no ontem ou no hoje?

Há uma perdição que se afoga em meu simbolismo

Que escorrega nesta minha afortunada mente pisciana

Donde se acolhem os meus melhores e piores ismos

Será que serei amanhã?

Será o amanhã mais uma destas mentiras cruéis?

A maior droga infectante pela qual já me entreguei, o céu

O amanhã após um mergulho de morte, o conhecimento

Oh, que eu tenha acertado ao engolir todo este fel!