GRITO CONTIDO
Dia fechou a pálpebra
Calou-se o mundo...
Negritude se apoderou
Silêncio profundo.
Na calada da noite
Mistérios acontecem...
Fadas viram bruxas
De desejos se apetecem.
Mas é preciso conter o grito
Desejo latente, sucumbido...
Impulso orgânico esvaido
Retrocedem desejos escondidos.
E o meu querer pulsante
Necessidade latejante
Meu eu muito vivo
Embriaga-se neste instante.