DELÍRIO

Na penumbra,

uma indefinível alegoria

salta na trêmula paisagem

e principia uma estranha

dança noturna.

Passos silenciosos

movem-se elásticos

em meio à névoa úmida

- vôos espetaculares

sem música.

Gestos grandiosos,

o corpo envolto em mímica

revela o deslumbramento

solitário e, ao mesmo tempo,

mágico e absoluto.

Instante dúbio,

encontro de almas gêmeas,

o toque ímpar no extraordinário...

Fuga da realidade

em pleno sol da meia-noite.

Flavio Villa Lobos
Enviado por Flavio Villa Lobos em 20/06/2008
Código do texto: T1043945
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