Suicídio Doloso

O estúpido estampado no tapado

O estapafúrdio estampido

Manifesta um rosto ferido

O trépido sujeito tramava

Transformar alegria em raiva

Trancou a porta da casa

E a berros revelava

Que sua vida sempre fora uma penúria

Murmurou do pai tirano

Tateava o instrumento, insano

E, quando alguém tentava

Dissuadi-lo de seus sanguinolentos planos

Ele gritava, batia, como um louco

Rosnava.

Avançou para a figura esguia no reflexo

Cuspiu-lhe o rosto

Com insultos, golpes e acessos de raiva

Revelava o ódio que por aquele levava

Ele seria o primeiro

Contou três, fechou os olhos, preparou-se

E fez-se ouvir outro estampido

Gritos desesperados evadiram do aposento

Apertado.

Todos foram correndo, acudir o moço enraivado

Que, de tanto desespero

Destruiu a prórpia vida

Com um tiro no cabelo, nos olhos e no cerebelo.

Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira
Enviado por Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira em 17/06/2008
Código do texto: T1038443
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