Dramas e delírios
Por trás das cortinas
De um palco vazio
Uma mente imagina
Suas fantasias
A onde é protagonista
Peça principal
De uma longa lista
Vencida afinal
E vês-se encenando
Por detrás dos panos
Alguém lhe enganando
No ato final
A platéia quase não nota a traição
Naquele delírio de sua imaginação
Seus gritos ecoam
A plenos pulmões
Não se apercebe
Da auto-sugestão
Perde-se em prantos na peça
Abre as cortinas reais
Acorda-se em meio a promessas
De não amar jamais
Com o teatro escuro
Em seu desespero
Torce por outro final
Que a luz acenda sob aplausos
Ou que não haja ninguém sentado ali
Que esse lugar nunca existiu
Foi o ciúme que inventou
E antes de concretizar, destruiu.