INSÔNIA.

Chega a noite,

Meu travesseiro fica nervoso.

A cama me expula,

Não me quer.

Insisto com pernas nervosas.

Reviro e viro

Viro e reviro,

Caio da cama,

Estatelado no chão.

Volto pra batalha.

Me enrolo com o lençol.

Ninguém é de ninguém.

Durmo mal.

No dia seguinte,

Passe longe de mim

Uns vinte

Passos de distância.

Humor de cão.

Enfim, compreendo tudo.

Tenho que jogar o jogo.

Antes, dominar as regras.

Caminho de tarde, faço natação.

Vou dormir mais tarde,

Corpo cansado.

Durmo como uma pedra.

Acordo com humor de passarinho.

Piu, piu.

Pode passar bem pertinho

Que dou beijinho.

jose antonio CALLEGARI
Enviado por jose antonio CALLEGARI em 17/01/2006
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