A caganeira de uma atéia contada em versos - Não deixe de ler! (risos)
Deus Omnia Purgat
Autor - Paraguaçu Sznajderman
Tomara um purgante às seis
Um vidro todo de vez
Que o ventre há mais de semana
Já preso tinha Susana
Fazendo do preparado
Juízo pouco acertado
Pôs o vestido de chita
E foi a fazer visita
Andado um quarteirão
Um passo sim outro não
Espasmos de início poucos
Viraram apertos loucos
Com ritmo mais apressado
Andando meio de lado
Aumentam-lhe as contrações
E saem-lhe peidos fujões
Agora vai assustada
Pois é maior a pontada
E a domina a idéia
Da iminente diarréia
De Lúcia a casa é distante
Muito mais a do amante
À fruteira, lá na estrada,
Não chega senão cagada
Em vão procura uma amiga
E mais lhe ruge a barriga
Descendo às tripas já sente
A lava incandescente
Mas eis que um templo aparece
Qual se lhe ouvissem a prece
E mais então não deseja
Senão defecar na igreja
Susana é bom que se diga
Só pela dor de barriga
- Pois atéia que só ela -
É que batia à capela
A porta porém fechada
Não deixa que a coitada
Prenda a golfada primeira
Da terrível caganeira
E após expelido o jato
O morno e fluido artefato
Que perna abaixo esvai
Em monte na escada cai
E enquanto tocam os sinos
Explodem seus intestinos
Em meio a um gemido agudo
E agora é merda por tudo
Assim termina a história
Cuja moral é notória
Pois hão acaso os ateus
De algo esperar de Deus?