COMO UM INSETO
Teu canto, cigarra, apontou-me o céu
Enredei-me nas malhas de tua teia
Unidos invernos tal um formigueiro
Criamos espaços, ninho de amor
Abelha-rainha te fartei de mel
Inquieta libélula voas sem direção
Ignoras o grilo, bom conselheiro
Derretes as asas, sofrendo de dor
Volta ao casulo, borboleta ferida
Como vagalume ilumino a escuridão
Te recebo e protejo, bom hospedeiro
Reparto alimento, te dou meu calor