QUANDO PERDE A POTÊNCIA…LIXA-NOS A PACIÊNCIA

Andas de mão em mão,

Às vezes cheio de transpiração,

Deslizas húmido e embaciado

Das orelhas para os ombros

E levas tantos tombos!

Uns são rijos, são os mais baratos,

Outros são finos, são os mais caros

Os mais baratos se aguentam,

E os mais caros vão abaixo.

Por ti tanto dinheiro dão

Já têm um, mas preferem a colecção,

Aparece a novidade,

O velho já não tem interesse

O novo é que envaidece!

Quando nos é mais preciso…

Perde a potência e lá se vai

A nossa paciência!!!

Quando queremos que toquem,

Não tocam

Outras vezes tocam sem parar

Que nos levam à exaustão

Dos ouvidos e das mãos

Falam-lhe aos gritos

Falam-lhe em sussurros

Falam-lhe de mansinho com muito carinho,

Falam-lhe nomes feios,

Ele aceita tudo!!!

Foi para isso que cá veio

Estão horas a manejá-lo

Para aprender todas as funções

Algumas nem sabem que existem

Outras mais fáceis dão mais nas vistas!

Mexem, remexem, abrem e fecham,

Tiram e põem vários cartões

Para tantas ligações

Que servem várias intenções

É já um adorno imprescindível

E que dele já não abrimos mão

Faz parte da nossa vida!

Dizem que está aqui…e afinal está acolá…

Dizem que está sozinho

E não está

Ele é um meio sedutor

Traiçoeiro mentiroso

Infiel e amoroso

Mas também um salvador

O que será que me faz aqui divagar?

Deves ser um celular!!!

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Mem Martins, 27 de Fevereiro de 2008

DULCINEIA
Enviado por DULCINEIA em 27/02/2008
Código do texto: T878110
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