MENTIRA?
Eram vinte cães perdigueiros
Atravessaram nadando o rio
Cada um queria ser o eleito
Da cadela no seu primeiro cio.
Quando ela viu a cena eterna
Pensou desta vez eu me vingo,
Meteu o rabo entre as pernas
Para defender o seu cachimbo
E para salvaguardar a sua rima
Toda aquela cachorrada frustrou
Se agarrou com uma sua prima
Gritou não dou não dou não dou.
Como o vivente a tudo ele imita
Se alguém faz todo mundo pode,
Cabrita se casou com uma cabrita
E bode se acasalou com um bode.
Como o humano faz o que quer
Sempre imita tudo sem maldade
Homem e homem mulher e mulher
Assim se extinguiu a humanidade.
OBRIGADO MESTRE JOAQUIM, BELA INTERAÇÃO
VALEU.
Joaquim Veríssimo Ferreira Filho
Não só há o quê pode existir
há também o que não pode
a mentira está aí
nesta moita pé de bode
toda degeneração que surgir
já era prevista por Freud.