MENTIRA?

 

 

Eram vinte cães perdigueiros

Atravessaram nadando o rio

Cada um queria ser o eleito

Da cadela no seu primeiro cio.

 

Quando ela viu a cena eterna

Pensou desta vez eu me vingo,

Meteu o rabo entre as pernas

Para defender o seu cachimbo

 

E para salvaguardar a sua rima

Toda aquela cachorrada frustrou

Se agarrou com uma sua prima

Gritou não dou não dou não dou.

 

Como o vivente a tudo ele imita

Se alguém faz todo mundo pode,

Cabrita se casou com uma cabrita

E bode se acasalou com um bode.

 

Como o humano faz o que quer

Sempre imita tudo sem maldade

Homem e homem mulher e mulher

Assim se extinguiu a humanidade.

 

OBRIGADO MESTRE JOAQUIM, BELA INTERAÇÃO

VALEU.

 

 

foto

Joaquim Veríssimo Ferreira Filho

 

Não só há o quê pode existir

há também o que não pode

a mentira está aí

nesta moita pé de bode

toda degeneração que surgir

já era prevista por Freud.

 

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 06/09/2024
Reeditado em 06/09/2024
Código do texto: T8145965
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