Fingindo ser Poeta
O poeta é um estranho ser humano,
Que se torna ainda mais estranho
Do que ser um ser humano.
Ele finge ser um humano estranho.
"O poeta é um fingidor!"
E disse muito bem!
Na verdade, ele finge tão bem,
Que não engana quase ninguém!
Ou talvez, ele finge
Que é um fingidor,
Que não finge tão bem,
Para fingir que ele nunca finge!
Observe aquele Pessoa:
Ele finge que é uma pessoa,
Que finge ser uma pessoa,
Falando sobre a sua própria pessoa!
O poeta é um fingidor extraordinário!
Ele finge, que finge, que finge,
Que finge, que finge, que finge
Para depois fingir ao contrário!
O poeta é um fingidor
Que finge que sente dor,
Enquanto finge que sente amor
Nas suas dores de amor!
O poeta finge, que finge,
Que finge, que finge
Que viu a Esfinge
Montado num lince!
O poeta finge, que finge,
Que finge, que finge
Que viu um filme
Com dor na laringe!
E que nele fingiu ver o Kong
Jogando ping-pong
Contra o Godzilla!
"Quanta coisa esquisita!"
Pois é, é assim que é
O fingimento do poeta,
Que nem mesmo parece que é
Aqui do planeta Terra!
Porém, agora este poeta,
Demonstra arrependimento
E te pede perdão.
"Mas, porque me pediu perdão?"
Estou com o arrependimento
Marcado na minha testa
Pois, eu te fiz perder tempo:
Estou fingindo ser poeta!