Fingindo ser Poeta

O poeta é um estranho ser humano,

Que se torna ainda mais estranho

Do que ser um ser humano.

Ele finge ser um humano estranho.

"O poeta é um fingidor!"

E disse muito bem!

Na verdade, ele finge tão bem,

Que não engana quase ninguém!

Ou talvez, ele finge

Que é um fingidor,

Que não finge tão bem,

Para fingir que ele nunca finge!

Observe aquele Pessoa:

Ele finge que é uma pessoa,

Que finge ser uma pessoa,

Falando sobre a sua própria pessoa!

O poeta é um fingidor extraordinário!

Ele finge, que finge, que finge,

Que finge, que finge, que finge

Para depois fingir ao contrário!

O poeta é um fingidor

Que finge que sente dor,

Enquanto finge que sente amor

Nas suas dores de amor!

O poeta finge, que finge,

Que finge, que finge

Que viu a Esfinge

Montado num lince!

O poeta finge, que finge,

Que finge, que finge

Que viu um filme

Com dor na laringe!

E que nele fingiu ver o Kong

Jogando ping-pong

Contra o Godzilla!

"Quanta coisa esquisita!"

Pois é, é assim que é

O fingimento do poeta,

Que nem mesmo parece que é

Aqui do planeta Terra!

Porém, agora este poeta,

Demonstra arrependimento

E te pede perdão.

"Mas, porque me pediu perdão?"

Estou com o arrependimento

Marcado na minha testa

Pois, eu te fiz perder tempo:

Estou fingindo ser poeta!

Tiago Salpin
Enviado por Tiago Salpin em 02/09/2024
Reeditado em 03/09/2024
Código do texto: T8142768
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