PARÓDIAS E VERSOS APARENTEMENTE APARTIDÁRIOS* - I
O SUPREMO ABUNDA
Paródia à marcha-rancho “A Banda”,
de Chico Buarque de Holanda
Estava à toa em Paris,
o meu PT me chamou
pra dar uma força pro Lula,
já que o alambique secou.
O meu guru, constrangido,
estampou seu temor
ouvindo o Moro ditar:
“Pallocci é seu delator”.
Paulo Maluf que evadia dinheiro murchou,
“Tônio Palocci”, que vivia com medo, entregou,
e a Manoelinha que cheirava o cangote,
pensou que o guru “estava” pra ela.
A “Anta Mineira” que vivia emburrada surtou.
O Tarso Genro que vivia fechado, calou.
E a PeTizada toda se ajuntou
pra ver o “chefe” passar
no camburão da pêéfe.
Estava à toa em Paris,
o meu Partido chamou
pra dar uma força pro Lula,
já que a “coisa” esquentou.
Aquela gente fingida
despediu-se com dor,
ao reparar que no pão
a mortadela minguou.
De cara feia o Paulinho da Força berrou:
“O teu cachê já se encontra quitado!”, e provou
que o apartamento que eu tenho na França,
foi o “companhêro” que deu a fiança.
A marcha fúnebre se espalhou na Avenida e sentiu
que a escolta negra de blindados seguiu
na pista aérea toda iluminada
pra ver o avião decolar com o ex-paz e amor.
Naquela noite de abril
a elite branca enfeitada
ouviu o “homem” rugir:
“Não vou ficar sem ‘barril’!”
Mas para teu desencanto,
um frigobar se instalou,
tudo ganhou seu lugar
naquele Sul do Brasil.
E aquelas onze “excelências”
rebateram, servis:
Ouçam a “banda” apitar,
fedendo todo o Brasil.
Ouçam a “banda” apitar,
fedendo todo o Brasil.
Ouçam a “banda” apitar,
fedendo todo o Brasil...