Bomba Dadaísta parodeia Bomba Suja do Gullar, que é um dos meus poemas preferidos. É o primeiro poema do meu livro Passionetos e, ironicamente, não é um soneto nem sobre amor kkkk
Reintroduzo nesta poesia a diarreia
Não vos diz na fome estatísticos conchavos
Meu trabalho é só mais um dentre colmeias
Operária ansiando ruinar condado
Um dia minha trova só será lembrada
Por sê-la nato latrina, merda quebrada
Amor pela carne orgânica eficiente
Que defeca na hora exata ao sol oriente
Um dia esta trova há de lhe fazer sofrer
A patente trincando, enquanto quem a limpa
Reora em obrar ruínas, Sr. Aroer
Dadá construtivista, ânus junto a língua
Na posição fetal, entre neologia
E palíndromos super imparnasianos
Confecção de estuário tua fome desaguando
Até o feitor, esse carente de orgulho
De algo que narcísico umbigo de Adão embrulho
E antes de jogar fora exponho em galeri