SIrene
O sorriso de Irene
Ilumina o bairro inteiro
Quando sai de orelha à orelha
Aciona o corpo de bombeiros
É brasa! É fogo! Arde
Provoca o reboliço...
Corre-corre no hospício
E quando ela veste tanga?
Só uma tirinha...em suas
Polpudas nádegas...aí...
É TERREMOTO...Tsunami
Estremece os barracos
Acaba o estoque dos botecos
Nuvem de poeira no ar
O samba rola solto
Ancas...buzanfas...coxas
Requebram faceiras...felinas
O riso de Irene é um perigo
Provoca motins nos presídios
Alaridos...pruridos...estampidos
Ela é uma bomba-atômica...
Quando desfila suas potências
É prenúncio de 'pomba-gira'
O santo baixa e dê-lhe cachaça
O candomblé vira festa...
Haja charuto...despacho...cachimbo
Cheiro de tabaco infesta...atabaques
Solta a magia...tremores...ataques
É a poesia da orgia...
Sossega Irene! Aquieta seu dia
Ou me mate nos seus braços
Musa sedutora de calientes abraços
Hildebrando Menezes