DEUSA DOS VENTOS

A deusa em grande agonia,

Dispensou as companhias e

Buscou a solidão.

Olhou para o imenso horizonte,

Colocou as mãos à fronte,

Quis ventar e, então, ventou.

Ventou com furor e graça,

Rescendendo pelo espaço

Seu aroma interior.

Façanha admirável sob

A intensa luz do sol,

Que deixaria invejoso,

O grande Monsieur Pujol.

"De aroma indesejoso, sem jeito

o ar sem nem um colosso

sai por ai, todo poroso

com desrespeito insatisfeito ."

Antonio Monte