Tim-tim!

Uma ameba enfezada

Evadiu-se, um certo dia,

Pela hematoquezia

Por si mesma provocada.

Suicidou-se, coitada!

Dizem, à boca pequena,

Numa possa de melena,

Junto ao fel acumulado,

Que, pela lei do mercado,

Já não vale mais a pena.

 

Quando o ódio fica puto,

Nem mesmo ameba resiste!

O flato fica mais triste

E o quilo veste luto!

E como diz o matuto:

Enfezá pra mode quê!

Então digo pra você,

Que me ouve e não escuta:

Se ameba fosse astuta,

Não ficaria à mercê…

 

Dos amantes da cachaça,

Da cevada, do tanino…

E do malte, puro e fino,

Que enche a vida de graça.

Pra você eu ergo a taça,

Desejo muita alegria!

Extensivo à confraria

Que orbita o seu espaço.

Um grande beijo no baço…

Um verso de garantia!

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 19/01/2024
Reeditado em 24/01/2024
Código do texto: T7980304
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