Tim-tim!
Uma ameba enfezada
Evadiu-se, um certo dia,
Pela hematoquezia
Por si mesma provocada.
Suicidou-se, coitada!
Dizem, à boca pequena,
Numa possa de melena,
Junto ao fel acumulado,
Que, pela lei do mercado,
Já não vale mais a pena.
Quando o ódio fica puto,
Nem mesmo ameba resiste!
O flato fica mais triste
E o quilo veste luto!
E como diz o matuto:
Enfezá pra mode quê!
Então digo pra você,
Que me ouve e não escuta:
Se ameba fosse astuta,
Não ficaria à mercê…
Dos amantes da cachaça,
Da cevada, do tanino…
E do malte, puro e fino,
Que enche a vida de graça.
Pra você eu ergo a taça,
Desejo muita alegria!
Extensivo à confraria
Que orbita o seu espaço.
Um grande beijo no baço…
Um verso de garantia!