Cremado
Ai que dó de você
Seu filho do demo
Bicho ordinário
Ai que dó de você
Se um dia eu souber
Que não fui cremado.
Ai que dó de você
Sua praga ruim
Peste encravada
É bom não mentir
E nem descumprir
Com a sua palavra.
Não quero velório
Não quero enterro
Ou qualquer buchicho
Estando em cinzas
Eu posso ir até
Para o latão de lixo.
Fique bem esperto
Seu cão salafrário
Coisa subalterna
Pois senão eu volto
E pela madrugada
Puxo a sua perna.