A FILA

"Não estou falando, meu senhor?

A fila não anda!"

Então, me diga minha senhora,

Desde quando uma fila anda?

Fila não anda. Fila não caminha,

Quem caminha na fila sou eu e você,

A Amanda, a Fernanda e a Carminha.

E, de repente, a fila "estaciona".

E, de novo, reclama a Cidona.

"Meu senhor, agora a fila virou a esquina.'

Não, minha senhora,

Quem virou à direita foi Cristina.

Essa fila já não finda.

Acabou de entrar na fila a Olinda.

Na fila de tudo se "proseia",

Desde o preço do pão ,

Da farinha e da aveia.

E, de novo, a fila "estaciona".

Quem reclama!!!???

Pra não variar… a Cidona.

Na fila tudo se pensa,

Olha, lá está a meditar o João Proença.

E, de repente, grita a Camila:

-Ô atendente, olha aqui o fura fila!

E, na fila, não acaba o alvoroço,

Mais a frente, logo depois da Camila,

Um velho discutindo com um moço.

E, de repente, a paz de novo se instaura.

Olha aquela moça! E, "não é que é" a Laura.

E, de repente a Cidona, comenta:

"-Eu aqui estressada, e ouve só,

Que feliz gargalhada! Deve ser de sua amiga,

Amanda;"

Não minha senhora, essa gargalhada,

Só podia ser da Fernanda.

Como sei o nome de muitos?

Ah! Eu conheço tanta gente…

Mas, imagina então, Cidona,

Uma fila criada pela minha mente!

… … … …

Agora, é você querido(a) leitor (a),

É quem está no fim da fila,

Da qual, há horas, estou ausente.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 11/11/2023
Código do texto: T7929872
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