O Boêmio do século XXI
Sou daqueles moços que, ao andar
Pelas andanças da minha vida
Sai pelas ruas do destino sem rumo tomar:
As minhas noites não são escuridão
São cintiladas por postes e neons
Não choro e nem mato por mulheres passantes
Pois são passageiras como a moto que comprei
Hoje, já não me sento para talhar e polir a poesia
Elas já não encantam as "moçoilas donzelas"
Muitas se apaixonam a base (que não é de arroz)
De hormônios de braços grandes e falsos...
Mostram suas garras formadas de silicone
Esperando o ataque de cartões de créditos
As bactérias que atacavam a tuberculose
Perdem lugar para vírus que são siglados
Não uso violão em saraus e declamações
Nas tardes azuis de vespertinões
Agora a noite, ouço um novo ruído:
Bate Bate Bate Estaca!
Bates frenética em construções vãs
Construídas com uma nova engenharia
De como se deve olhar para uma mulher
Da cintura para baixo "até quebrar no chão"...
Mas sabe? Como é bom "tomar uma"!
Vinho é coisa do passado! O negócio é:
Cerveja...
Vodka com refri....
Uisque....
Licorzinho para aliviar....
Uma cana pra rebater!
OPA! Deixa um pegar um cigarro!
Vou comprar esse comprimidinhooooooooooo! Uau!
Como é bom dar um show!