Pulgatório
Ao abrir o bom e velho livro de poesia
Vi, pulando da página, uma pulga
Logo interceptei-á com maestria
Tentando impedir a sua fuga.
Escapou-me por entre os dedos
E, num só pulo, voltou à página
Ah! entregou-me o seu segredo!
Deve ser de natureza cármica.
Percebi que ali era o seu mundo
Entre aqueles versos... profundo
No poema felino, de fato...
É sobre um gato vagabundo
Assim, encerro aqui o assunto
Essa pulga pertence ao gato.