Serpente Humana

 

A língua maldita

De palavra infinita

Em sua caverna

Vive a destilar

Não se iluda, meu bem

Se no seu vaivém

Essa cobra que agita

O teu nome lembrar

À espreita dos fatos

Que ela vai divulgar

Ou na boca dum sapo

Ela quer costurar

E no breu da caverna

Se de sono ela hiberna

Essa língua de trapo

Só sonha em falar

Vai então semear

Em seu fértil terreno

Produzir mais veneno

Para quando acordar

 

 

MARCANTE, Alexandre.

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Alexandre Marcante
Enviado por Alexandre Marcante em 27/08/2023
Reeditado em 30/08/2023
Código do texto: T7871231
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