Serpente Humana
A língua maldita
De palavra infinita
Em sua caverna
Vive a destilar
Não se iluda, meu bem
Se no seu vaivém
Essa cobra que agita
O teu nome lembrar
À espreita dos fatos
Que ela vai divulgar
Ou na boca dum sapo
Ela quer costurar
E no breu da caverna
Se de sono ela hiberna
Essa língua de trapo
Só sonha em falar
Vai então semear
Em seu fértil terreno
Produzir mais veneno
Para quando acordar
MARCANTE, Alexandre.
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