Calabouço do Ogro

No calabouço mora o Ogro

Parente perdido do Sherek

Vive no bambuzal do sogro

Nas grutas de uma estepe

É alto e muito forte

Malha braços todo dia

Está sempre de porre

Toma vinho na bacia

Tem dentes afiados

E um nariz aberto

A barba dele é rala

Mas o olhar é esperto

Seus filhotes ogrinhos

Disputam força em diversão

Quem vencer nas lutinhas

Come a coxa de um bisão

Ogro pinta as paredes

Pra contar sua história

Pra ele tudo é comida

E assim tece a memória

Ele implica com o elefante

Monta num rinoceronte

Depois bate na girafa

Mas procura o mastodonte

Ogro é um bicho perigoso

Mas tem medo de relâmpago

E quando começa a chover

Se esconde num barranco

Apaixonou por uma ogra

Mas tem vergonha de falar

Quando chega perto dela

Ele começa a dançar

Ogro chamou os amigos

Pra cozerem uma refeição

Na fogueira dos Antigos

Arumaram uma confusão

Mataram cem galinhas

E comeram carne crua

E fritaram até as penas

Misturadas na gordura

Beberam cachaça pura

Depois lutaram pra valer

Os bichos que estavam perto

Fugiram com medo de morrer

Agora o ogro dorme

Bêbado de barriga cheia

Sua preguiça é enorme

E ronca como uma baleia

Dedicado ao Talisson "Ogro" e seus amigos

Glaussim
Enviado por Glaussim em 25/08/2023
Reeditado em 12/01/2024
Código do texto: T7869872
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