Sorria!
A sátira é a voz da poesia,
Que fala a um ouvinte inteligente.
E fala numa língua diferente
Do que possa entender a maioria.
As vezes não está sintonia
Com o modus pensandi do ouvinte.
Quem sabe apenas um, em mais de vinte,
Entenda as entrelinhas, e sorria!
A sátira ofende o desprovido,
Que não consegue achar um só sentido,
Por conta dum neurônio obturado.
Enquanto a mente aberta faz um ninho,
Com pétalas de flor e com espinho,
O tolo choca os ovos do pecado.