A LAMBRETA
“A LAMBRETA”
“Morangos mofados
Como os beijos dados
No estofado do carro
Aliás, o banco de trás
Deveria ser uma instituição nacional
Com direito a tombamento e tal...
Afinal quantos de nós
Não fomos ‘projetados’
Nesse espaço quase sempre muito exíguo?
Hoje em dia, perdeu a graça
Só servem para carregar utensílios
Como livros ou sacolas de compras
E o filho pequeno, é claro
Muitas vezes adorados...
Ah, mas senão fosse
O nobre estofado...?
Respostas à essas perguntas
Muitas vezes, já se passaram
Pela minha nobre cabeça:
Filho meu que se preze
Vai voltar no tempo
E só vai andar de lambreta!”
*A lambreta*
By Julio Cesar Mauro
03/08/2023