ORGULHO DE MIM

Se não me falha, pois, a memória,

Não estive por cima da carne seca!

Cansado de travar esse luta inglória,

Andando sempre de ceca em meca!

Só querendo apenas ser e ser eu,

Nunca acima do bem e do mal:

Alguém que em meandros viveu

Aqui e ali, tal como um vegetal!

Sinto-me essa coisa esquelética!

Sou um fraco, massa de manobra:

Sem nenhum traço de estética,

Meus esforços, sim, soçobram!

E... perdi, então, o elo da vida!

Igualam-me a saco de pancadas!

Não tenho eira nem beira e guarida,

Eu sou sempre motivo de piadas!

Deram assim, logo, de me chamar

Um sujeito micho, um simplório!

Num jogo nefando e... de azar

Pegam-me pra “bode expiatório”!

De quase nada é que me sublinham,

Filho espúrio de uma casta pária!

“Eu tenho servido de agulha🪡

A minha linha ordinária!”🧵

Estou, aqui, liso leso e louco,

Sirvo mesmo é de “gato e sapato”!

E hoje me pergunta um moço:

Oh, tu só vives pagando o pato?!

Francisco Ohannah Oleanna Osannah Galdino
Enviado por Francisco Ohannah Oleanna Osannah Galdino em 12/05/2023
Reeditado em 12/05/2023
Código do texto: T7786808
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.