Januário
Januário no meu quintal atrapalhando,
levou um breque no carnaval
que fez na minha vida!
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Januário não sabia viver direito, e eu dei um silêncio no jeito dele!
Peguei ele num nó de gravata , e sem nada pra engomar, coloquei ele num paletó de ouro, e agora ficou o couro, pele e osso!
VM
Inspirada no maravilhoso João Cabral de Melo Neto – imortal
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Nada mais longo que o beijo de Januário, que me beliscava no começo, me virava pelo avesso, e depois de me jogar no chão, batia com colher de pau, que agora está mole como o miolo dele, que as formigas levaram pra estudar como evitar picada de cobra
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Isso porque nada no mundo é como o homem, que come mesmo sem vontade
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Bom dia com fé em Deus , porque a religião é dos homens
E sem Deus nem religião haveria, muito menos o pão que o diabo amassa todos os dias! (e isso é poesia)
E também não haveria onde a gente viver depois da morte
e nem onde morrer em vida
e nem como viver onde os pássaros voam longe
ou morrer onde longe é um lugar que não existe! (assim disse Richard Bach)