Januário

Januário no meu quintal atrapalhando,

levou um breque no carnaval

que fez na minha vida!

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Januário não sabia viver direito, e eu dei um silêncio no jeito dele!

Peguei ele num nó de gravata , e sem nada pra engomar, coloquei ele num paletó de ouro, e agora ficou o couro, pele e osso!

VM

Inspirada no maravilhoso João Cabral de Melo Neto – imortal

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Nada mais longo que o beijo de Januário, que me beliscava no começo, me virava pelo avesso, e depois de me jogar no chão, batia com colher de pau, que agora está mole como o miolo dele, que as formigas levaram pra estudar como evitar picada de cobra

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Isso porque nada no mundo é como o homem, que come mesmo sem vontade

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Bom dia com fé em Deus , porque a religião é dos homens

E sem Deus nem religião haveria, muito menos o pão que o diabo amassa todos os dias! (e isso é poesia)

E também não haveria onde a gente viver depois da morte

e nem onde morrer em vida

e nem como viver onde os pássaros voam longe

ou morrer onde longe é um lugar que não existe! (assim disse Richard Bach)

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 17/04/2023
Reeditado em 16/09/2024
Código do texto: T7765991
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