Bola preta

Alzira passava de salto na porta do bar

Enquanto a turma jogava bilhar

E a bola da vez era a mulher do sobrado

Que soltava um olhar para o lado

Numa sinuca de bico a nos deixar

Era suicídio pra quem tentasse sair de tabela

Ela era uma dama difícil de alguém acertar

Alzira não tomava o tapa no meio da cara

Não havia ângulo sequer pra encostar na mulher

Pois era ela a bola preta do bar

E quando ela se distanciava

Recomeçava a partida, enfim

Alzira era o assunto da mesa

E não mais havia defesa pra vida

Pois era ruim de alguém se concentrar

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 16/01/2023
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