Bola preta
Alzira passava de salto na porta do bar
Enquanto a turma jogava bilhar
E a bola da vez era a mulher do sobrado
Que soltava um olhar para o lado
Numa sinuca de bico a nos deixar
Era suicídio pra quem tentasse sair de tabela
Ela era uma dama difícil de alguém acertar
Alzira não tomava o tapa no meio da cara
Não havia ângulo sequer pra encostar na mulher
Pois era ela a bola preta do bar
E quando ela se distanciava
Recomeçava a partida, enfim
Alzira era o assunto da mesa
E não mais havia defesa pra vida
Pois era ruim de alguém se concentrar