A vida ociosa do ocioso

É impressionante como tu acordas

Pra ficar intacto, olhando pro nada.

De manhã bem cedo já é o primeiro

Que chegas para abrir os trabalhos

Ué, mas que trabalho é este mesmo?

É um simples trabalho de nada fazer!

E alguma semelhança com os políticos

É apenas uma inevitável coincidência

E assim tu és o chefão dos vagabundos

E é considerado e auxiliado por outros

E faça chuva ou faça sol, tu fica sempre.

No pé da lixeira vendendo a sua beleza

Com o lindo e imenso corpo escrotoral

Onde a protuberância da barriga se vai

Mais longe do que ele, onde pode andar.

Este desocupado faz arruaça e enxame

Agora pergunta para este ser funesto,

Se ele quer outra vida, sem ser esta!?

Pois ele diz que tem tudo o que quer

Porque é sustentado por sua mulher.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 08/01/2023
Reeditado em 08/01/2023
Código do texto: T7689616
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.