A vida ociosa do ocioso
É impressionante como tu acordas
Pra ficar intacto, olhando pro nada.
De manhã bem cedo já é o primeiro
Que chegas para abrir os trabalhos
Ué, mas que trabalho é este mesmo?
É um simples trabalho de nada fazer!
E alguma semelhança com os políticos
É apenas uma inevitável coincidência
E assim tu és o chefão dos vagabundos
E é considerado e auxiliado por outros
E faça chuva ou faça sol, tu fica sempre.
No pé da lixeira vendendo a sua beleza
Com o lindo e imenso corpo escrotoral
Onde a protuberância da barriga se vai
Mais longe do que ele, onde pode andar.
Este desocupado faz arruaça e enxame
Agora pergunta para este ser funesto,
Se ele quer outra vida, sem ser esta!?
Pois ele diz que tem tudo o que quer
Porque é sustentado por sua mulher.