O grito de quem
Prendeu o riso, por
tempo demais, numa praia,
num shopping ou no lixo.
Sairá em versos para todos
(nunca é pra um só) que quiserem
me manter vivo e imortal.
A gargalhada de quem
ficou preso, atrás da porta
da saída, por tempo demais…
E então decidiu…
que sairia de casa,
mas só pra fazer o que
BEM entender…
Constância, você só
encontrará…
em versos que eu não
cansarei…
Jamais pararei de escrever.
Cada poema que nasceu
ma versão imortal dum
Homem-menino que vez ou outra
se viu pronto pra bater aquele Penalti
diante das portas do céu…
Quando a madrugada chega
todos os meu segredos pulsam
em minhas veias e as sinapses
tornam-se putas enlouquecidas…
Minhas sinapses querem
se juntar e me estuprar, uma, duas, três,
diversas vezes… durante toda a semana.
Quando a madrugada chega
todos os buraquinhos em minha
pele, exalam amor… Levando…
Amor ao mundo.
Amor ao mundo…
Amor… ao mundo.
Amor a TODO mundo?
Eu agrado, eu não quero agradar
Eu não riu se não ver graça
Eu não apareço se não quiser
A minha caverna
dança, suas paredes
dançam salsas e Rock’s
Eu não trepo, como já me foi
pontuado… eu não amo…
Eu não jogo os seus jogos
E se quiserem entender como
eu funcionam…
Terão no mínimo que sofrer
por vários e vários anos até
entender o abraço quente é
o beijo estalado, que a solidão
… Que nosso anjo Lúcifer
é bem capaz de nos dar…
Mas em meus versos
talvez você se encontre melhor
risos de quem perdeu o riso
na pressão que a depressão criou.
… até que você se movesse
e vencesse – ao menos – alguma
parte dos enúmeros desafios que
o bando de idiotas chamados: “sociedade”
impõem toda, TODA, SANTA HORA.
Sairá Semem dos meus dedos
em versos pra todos que
quiserem me manter vivo....
A gargalhada de quem
se prendeu atrás das portas
e saiu dançando nas ruas uma
Salsa com letra de Opera…
Sairá semem dos meus neurônios
e nunca ninguém me alcançará…
sem pensar e dialogar como
Eu.
A solidão é morna…
O morno é a única temperatura
que nunca matou um humano.