TRAGOS...

UNS TRAGOS

Momentos efusivos de uns tragos

Rasgos na conduta da seriedade,

Quebram o gelo da vergonha...

Desnudam os embaraços, laços

Do desembaraço sem timidez...

“Tragos” que alegram e desinibem

Vislumbres de alegria e satisfação...

Na bebida favorita, um mergulho

Na falsidade do equilíbrio irracional!

Na moral, oculta-se a vergonha sem

Pudor... Engana-se a razão e avança-se

Os limites do sorrateiro álcool!

Um trago é o ideal... Dois é satisfatório...

Três aproximou-se dos limites... Quatro,

A Bagdá fica logo alí! A visão vê em

Duplicata o que é apenas unidade!

Uns poucos tragos, avisam que pode haver

Estragos... Rasgos de conduta desvairada,

Tragada pelos tragos e estragada pelo abuso!

Confuso fica o pensar... Onde quero chegar?

A reta fica curva... O redondo, quadrado...

O claro, escuro... O perto, longe... A língua,

Enrolada... A consciência confusa, e o pensar,

Travado sem o raciocínio e sem tirocínio!

Em suma, tragos são traiçoeiros!

Suma deles enquanto pode! Sacode a poeira,

Não faça besteira, e o que não pode!

Não encha a cara com tragos inoportunos...

Afinal sua cara não é barril, nem garrafa...

Ela, quando muito, pode ser um copinho!

Beba devagarinho seus traguinhos, e fique

Sempre no seu cantinho!

Jose Alfredo

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 18/11/2022
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