desocupado

eu, que sempre sonhei com o amor

eu, que sempre acreditei na justiça

eu, que sempre rezei a Deus

eu, que sempre eduquei aos princípios do bem

eu estou triste!

e por isso escrevo meus versinhos,

e por isso escrevo meus textinhos.

mas demasiado é o tempo gasto

cuidado desses rabos

sujos

que nada sabem,

pois eu sei! e sei do que falo,

e falo o que penso,

e penso o certo!

sim! eu li as notícias populares

advindas de fontes confiáveis.

meu vizinho me mostrou,

meu patrão me alertou,

mas meu amor falhou

quando meus filhos se viraram contra mim,

quando embaixo de meu teto o inimigo vive.

traidores!

é a toga quem mente

aos quatro cantos de minha pátria,

é a mídia quem mente

aos quatro cantos de minha pátria,

e sou eu quem vocifero a verdade

sem palavras rebuscadas

e ignorando a gramática básica.

não! eu não odeio o pobre,

tampouco o miserável,

pois estes estão em minhas orações.

eu odeio quem espalha mentiras

e odeio quando os mentirosos me provam

que menti!

"e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará,"

quando eu mesmo escrevo de minha cela,

feito um cão amedrontado pelos fogos

gritando aos céus

tantas loucuras que aqui me trouxeram,

tantas loucuras que aqui me abandonaram.

eu cortaria meus pulsos

para provar que meu sangue

é verde e amarelo,

senão fosse o que mais odeio,

além das mentiras,

for o que enxergarei

a me fazer entender

o que sempre temi.

Cleber Junior
Enviado por Cleber Junior em 26/10/2022
Código do texto: T7636361
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