Insubordinação métrica
Amo poesia
Reverbero loucuras escritas!
Árvores aqui perto cochicham...
Louco!
Louco mesmo é meu pensar.
Uma lesma turbo fura o sinal
Lá do parque central
Às árvores : vai lá gauchezinho...
E eu montado em minha bicicleta cósmica!
Tento acompanhar....
Uma lesma devagar...
Devagar eu pedalo décadas;
Atrás de um passado mítico...
Pouco polido.
Volto com a barra circular.
Bananeiras na soleira balançando
E meu olhar vagando.
Gerúndio. É suicídio.
E eu vou assassinando minha escrita
de propósito.
Eu mero poeta; ignóbil.
Fico bravo com as fofocas das árvores
E uma pedra da minha insubordinação mental
é lançado contra elas...
Logo recebo um navio de madeira,
no qual sou prisioneiro de mim mesmo.