Por que não matamos aos puristas ?!

Chega!

Estou farte!

Dessa gente diplomada e involuída atravancando o caminho.

Eles passarão " jombrudos" aprisionando pela língua meus passarinhos.

Ah! Meu carcará que raiva não dá ? Fala me tu meu uirapuru, pobre das minhas lavadeirinhas, coitadinhas.

E todos aqueles que não deglutiram o livrinho na mão do diabo, haverão de viver clausura de prisão.

Ora por que então não quebramos essas grades veladas da opressão matando aos puristas?

Uma, dosezinha, de, veneno, na, vírgula, mal, empregada.

Umas balas perdida na não concordância verbal.

Um probrema nas tripa de revirá os grobo dos ôio, com um rotacismo mal digerido.

Um quilo de saw na sopa dos impertensos que se altera com a menor variação.

Se a chave dessa tranca é a norma padrão

Que aprendamos ela então, mas da porta pra dentro de meu lar, sua língua dura irei amaciar.

Com o molejo do samba, o português de minha terra deixa a língua mole.

Quem dele não gosta, bom falante não o é, É doente da cabeça e de certo do pé.

Francisco Grandiel
Enviado por Francisco Grandiel em 07/04/2022
Reeditado em 29/05/2022
Código do texto: T7490392
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