AINDA MORRO DISTO.

REEDITADO

Entrei n’um bar da minha rua

Uma mulher negra sorridente,

Exibia-se para amantes da lua

Ou donos da noite decadentes.

Pele bonita diria até aveludada

Decote aberto como a chamar,

Dizendo agarre esta assanhada

Que está doida pra se enroscar.

Eu não queria, mas o olhar azul,

Prendeu-se naquela bela figura,

Olhava as pernas, o norte e sul,

Bunda arrebitada presa à cintura.

Um dedo longo içou meu queixo

Olhos nos olhos e sorriso franco,

A boca diz se quiser eu te deixo,

Misturar este preto com branco.

Ai mulher não ferre meu nome

O capim cheiroso vai me matar,

Bode velho tá doido com fome

E perguntas se ele quer pastar?

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 30/03/2022
Reeditado em 30/03/2022
Código do texto: T7484210
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