Besteirol filosófico
Soneto! Que Soneto, Ora só!
Metrificar os versos. Que bobagem!
Bom mesmo é não sair da sacanagem:
Provar o gosto amargo do jiló...
Pra vomitar, depois da decolagem
Do voo entre o passado e futuro,
E defecar, às cegas, no escuro,
durante o percurso da viagem.
Cuspir e escarrar sem cerimônia!
Mijar, com cheiro forte de amônia,
No narigão comprido de Geppetto!
Beber um litro e meio de cachaça,
Depois achar alguém que saiba e faça
A metrificação desse Soneto.