"Sonetos" entre aspas
Coloco os meus sonetos entre aspas,
Por não cumprir as regras do Soneto.
Mas algum dia desses vos prometo,
Que vou tirar dos ombros minhas caspas.
Vou sacudir o verso obsoleto,
Aquele que não segue com rigor,
A métrica, a rima, o primor...
Até chegar ao último terceto.
Vou conjugar um verbo de ação,
No peito do sujeito da oração,
Sem macular a métrica. Contudo,
Se algum imortal de Academia
Quiser metrificar a poesia,
Pra não mandá-lo à merda, fico mudo!