DEIXEM-ME ESCREVER ASNEIRAS
Deixem-me escrever asneiras
Ninguém tem nada com isso
São essas minhas maneiras
De não criar compromisso
Não gosto de esnobismo
Nem de termo rebuscado
Poesia pra mim é simplismo
Sem deixar ninguém cansado
Tentando entender o que digo
Invadindo meu imaginário
Ou ter que buscar abrigo
No velho e bom dicionário
Rimar nao faz ser poeta
N'alma nasce a poesia
Mas que nunca será completa
Se não traz filosofia
Mas aí é outra estória
Na qual não estou incluído
Faço versos na memória
Mas não me julgo sabido
Assim deixo aos professores
Curar maus tratos à língua
Se São das letras doutores
Não a deixam morrer a míngua
(esse poema foi uma resposta que dei a uma professora portuguesa quando escrevia no Luso Poemas. Ela debochava do nosso jeito de
falar e escrever o Português era cismada comigo. Deu o que
falar entre os brasileiros e portugueses que escreviam no
site)