O TRONCO
Não venha
Me dá esculacho
Pois estava sentado no vaso
A barriga reclamou
Da sentada
Saiu um tronco
Que parecia um braço
Levantei ,me limpei
Ao sair
Sentir um oco
Dentro de mim
Até fome me deu
Apertei a descarga
A água empurrava
O tronco que não descia
Vinha para borda
Apertei de novo
Eu olhava para o tronco
O tronco olhava para minha cara
Parecia que não
Queria ir embora
Com aperto no coração
Sabendo que aquele tronco
Tinha saído de dentro de mim
Agora vejo
A felicidade que tem
Uma mãe quando tem seu filho
Voltei a realidade
Apertei a descarga
E vi aquilo que tinha saido de dentro de mim
Indo embora
A vaso a dentro
Paulo Pereira