"-Não é pelo bico-de-bípede, nem pelo valor
intrínsico do galináceo; mas por ousares transpor
os umbrais de minha residência. Se for por mera
ignorância, perdôo-te....
.......
O ladrão todo sem graça se virou e disse:
"-Cumé seu Rui, posso levar a galinha ou não???"
intrínsico do galináceo; mas por ousares transpor
os umbrais de minha residência. Se for por mera
ignorância, perdôo-te....
.......
O ladrão todo sem graça se virou e disse:
"-Cumé seu Rui, posso levar a galinha ou não???"
Em alusão ao poema de Rui Barbosa:
o ladrão de galinhas...
O
BOM
LADRÂO
Porque te ocultas entre tortas e ralas, cercas velhas
Pensas assim, ser invisível ou de meus olhos, ausente?
Não vês, posso ler em teus rangidos, mesmo faltantes dentes?
Por certo eu daqui, tu daí também sopra meu sopro...
Até quanto tempo aí queres que de súbito, te espere!
Do que me tomas, oh, desgraçado, meigo e fraco larápio?
Vejo sedes, pois ouvi seus claudicante passos,
Desprovido do alinhar de teus membros baixos
Esgueirada visão em distopia esquerda ou foi de moléstia rija?
Mais tentáculos ávidos tens em mãos, do que mereças...
Ouvi, estando em meus aposentos, som estrondoso e clemente
Roncado por sua pança oca, indigente, ruidosa e sequiosa
Carecida está por alentos, que sejam grãos minguados, tão desejosa
Não penses que não pactuo versos por teus augures anseios
De abastecer-te às turras, até te empanturrar-se de vez!
Venha meu bom homem, se aproxime das cercanias planas
Largue o empoleirado, já assustado ser vivente e plumado
Nem você, nem este diminuído magricela à penujado
Resistirão, réstia fina de tempo e com certeza pra já, definharão
E não vou querer ser eu teu coveiro e aqui, teu findo sepulcro!
Se curve velozmente em tamborete feito do tronco de ipê
Transporte e abarrote, via sua boca sedenta tudo que alcances
Se farte de tudo que a tua pouca visão se ressentiu em relances
Não penses que só bondades aguçaram a razão de meus deveres
Foi por seus direitos e por nossa reciprocidade que agora te absolvo!
Sente-se e coma a vontade meu irmãozinho sem sorte!!!!!
o ladrão de galinhas...
O
BOM
LADRÂO
Porque te ocultas entre tortas e ralas, cercas velhas
Pensas assim, ser invisível ou de meus olhos, ausente?
Não vês, posso ler em teus rangidos, mesmo faltantes dentes?
Por certo eu daqui, tu daí também sopra meu sopro...
Até quanto tempo aí queres que de súbito, te espere!
Do que me tomas, oh, desgraçado, meigo e fraco larápio?
Vejo sedes, pois ouvi seus claudicante passos,
Desprovido do alinhar de teus membros baixos
Esgueirada visão em distopia esquerda ou foi de moléstia rija?
Mais tentáculos ávidos tens em mãos, do que mereças...
Ouvi, estando em meus aposentos, som estrondoso e clemente
Roncado por sua pança oca, indigente, ruidosa e sequiosa
Carecida está por alentos, que sejam grãos minguados, tão desejosa
Não penses que não pactuo versos por teus augures anseios
De abastecer-te às turras, até te empanturrar-se de vez!
Venha meu bom homem, se aproxime das cercanias planas
Largue o empoleirado, já assustado ser vivente e plumado
Nem você, nem este diminuído magricela à penujado
Resistirão, réstia fina de tempo e com certeza pra já, definharão
E não vou querer ser eu teu coveiro e aqui, teu findo sepulcro!
Se curve velozmente em tamborete feito do tronco de ipê
Transporte e abarrote, via sua boca sedenta tudo que alcances
Se farte de tudo que a tua pouca visão se ressentiu em relances
Não penses que só bondades aguçaram a razão de meus deveres
Foi por seus direitos e por nossa reciprocidade que agora te absolvo!
Sente-se e coma a vontade meu irmãozinho sem sorte!!!!!