SE EU MORRER

Nada seja póstumo, nada de lágrimas,

Quero continuar sendo a alegria

Assim como serei das minhocas

Que usarão do meu corpo seu banquete

Mesmo depois de morto, quero ser vivo.

Ao invés de lágrimas quero risadas

Pois elas são bem menos falsas.

Riem de minha vida, riem do idiota que fui.

É o jeito de satisfazer meus amigos, inimigos.

Não quero dá trabalho a ninguém

Enterrem-me em pé e na porta do cemitério

O coveiro irá agradecer, não ocuparei espaço

E ninguém terá o trabalho de levar meu caixão

Pra puta que o pariu.

No sétimo dia, celebrem com a sétima dose

Com muito choro canção no templo da boemia

Adeus a minha pátria, adeus a minha mátria

Fui um excelente filho de uma mãe gentil

Que muito nessa vida se fodeu

Na mão de muitos que queriam lhe enterrar

Mandar para um buraco pior que estou

Hoje estou sorrindo, sem pele e fudido

O pau ta comendo adoidado, carinha ai roubando

E depois de 4 anos lá vai o pilantra pedindo o voto

Os bestas atrás do trio elétrico fazendo V de vitória

Olhando o chibiu da morena gostosa semi-nua.

PEGA FOGO CABARÉ

Estão vendo a fogueira que pulei?

Flávio Miranda
Enviado por Flávio Miranda em 10/11/2007
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