Mata-borrão da estória
Na távola redonda, à cabeceira
sentava-se o mais nobre cavaleiro.
Na cadeira vizinha, pelo cheiro,
sentava-se o gambá da feiticeira.
O rei Arthur, em busca de dinheiro,
criou um banco, à moda brasileira,
e pôs os cavaleiros na coleira,
até que o cão pariu Pedro Primeiro.
E foi assim que veio a esse mundo
a puta que pariu Pedro Segundo,
nos porões dos navios lusitanos.
E o rei Arthur fincou a sua espada
no imenso coprólito da fada
madrinha dos cagões americanos.
Não fosse a aversão pelo "hermanos",
a cor da Casa Branca era rosada.