Vidinha medíocre a minha!

Do meu primeiro amor não guardo nada:
sequer um beijo esnobe de cinema,
ou um verso qualquer dalgum poema,
que fale da eterna namorada.

O meu primeiro amor era uma fada,
daquelas de varinha e tudo mais!
Com seus poderes sobrenaturais,
me deixou a lembrança esfumaçada.

Que vidinha medíocre a minha!
Vivo do tilintar de uma varinha,
qual onomatopeia de telim.

Ainda bem, meu Deus, ainda bem,
que, ao comemorar ano que vem,
sepulto esse amor dentro de mim
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 02/04/2021
Código do texto: T7222441
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.