Poeta penitente
Quando a morte levar-me pro inferno,
eu fugirei, pois sei um bom caminho.
Vou bater asas, qual um passarinho,
nos ares abissais do fogo eterno...
No purgatório, o quintal vizinho,
eu fingirei que sou um querubim.
De novo, bato asas... e assim...
hei de chegar ao céu azul-marinho.
Em lá chegando, Deus, santo caudilho,
há de reconhecer-me como um filho,
que regressou do mundo ao lar paterno.
Ele ouvirá silente a minha história.
E os santos, em menção à sua glória,
me levarão, às pressas, pro inferno.
Quando a morte levar-me pro inferno,
eu fugirei, pois sei um bom caminho.
Vou bater asas, qual um passarinho,
nos ares abissais do fogo eterno...
No purgatório, o quintal vizinho,
eu fingirei que sou um querubim.
De novo, bato asas... e assim...
hei de chegar ao céu azul-marinho.
Em lá chegando, Deus, santo caudilho,
há de reconhecer-me como um filho,
que regressou do mundo ao lar paterno.
Ele ouvirá silente a minha história.
E os santos, em menção à sua glória,
me levarão, às pressas, pro inferno.