Bom humor e revolta com a Morte. Paralelo a um texto de Stelo Queiroga

1) Décima interativa//

Envio estas paralelas/

Ao teu soneto bem-feito/

No pretérito imperfeito/

Sobre um velho e suas sequelas./

As invenções foram belas,/

Que o ancião pode achar:/

Com o seu jeito de brincar,/

Fez da Morte uma pateta?/

Muito obrigado, poeta,/

Por me fazer gargalhar.

2) Cante o que eu sinto, poeta!//

Só agora eu consegui/

Visitar o teu espaço,/

Esta página onde ora eu faço/

Uma estrofe que prendi./

Gostei muito do que vi:/

O teu modo de soltar/

Versos livres pelo ar

Na cadeira que se ejeta.

Cante o que eu sinto, poeta,/

Que eu sinto e não sei cantar.

3) Décima paralela:

"Morte, Mãe desnaturada"//

Na hora, eu me revoltei/

contra a Morte e "a sua foice"/,

que, por causa dela, foi-se/

"o meu pai-herói e meu rei"./

Só depois me conformei,/

que a Morte não se incrimina,/

mas diz quando se assina:/

Sou a Mãe que não tem paz,/

Desgraçada no que faz"./

E a Vida nunca termina.

Para ver o texto em paralelo, de Stelo Queiroga, clicar abaixo:

https://www.recantodasletras.com.br/humor/7173567